O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas (Crea-AL), juntamente com o Núcleo de Defesa do Meio Ambiente do Ministério Público de Alagoas, Federal e do Trabalho, realizou na tarde desta segunda-feira, dia 11, a primeira reunião ordinária do Fórum Alagoano de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos.
Na abertura, o presidente do Crea Alagoas, Fernando Dacal Reis, salientou a sua satisfação em estar realizando essa discussão, principalmente, na luta pela fiscalização da venda de agrotóxicos. “A partir dessa reunião, iremos convidar todas aquelas empresas que comercializam agrotóxicos e prestam assistência técnica. para que venham fazer o registro no Conselho, para que nós tenhamos o controle dessas empresas. O Crea hoje se sente muito feliz por ter esse apoio, por ter o Fórum com uma presença maior de profissionais da área e representantes de instituições”, afirmou.
O coordenador do fórum, procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT) Rodrigo Alencar, também falou da extrema importância na realização do Fórum para o nosso estado e para toda a sociedade, pois segundo ele, estamos discutindo sobre salvar vidas. “A gente as vezes não imagina, mas os agrotóxicos se não aplicados dentro do que recomendam as normas técnicas, eles comprometem, significativamente, a saúde dos trabalhadores e dos próprios consumidores. Então é preciso que tenhamos uma dimensão do problema no nosso Estado, que ainda é um Estado eminentemente agrícola”, explicou.
“Nós temos uma grande preocupação com a área de Arapiraca e municípios vizinhos, onde há uma utilização muito grande de agrotóxicos, então, com tudo isso precisamos verificar se aqueles que vendem estão cumprindo o que diz a legislação. Eu já observei em algumas lojas, a venda dos produtos fracionado e sem bula, sem nenhum tipo de orientação.As situações são diversas e o agricultor acaba usando sem saber ao que está sendo exposto. Além disso, existe a dificuldade de chegar até as vítimas de intoxicação”, acrescentou Rodrigo Alencar.
Após a abertura do Fórum, a gerente de Vigilância em Saúde Ambiental (Gvam) da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Elizabeth Rocha, proferiu uma palestra a respeito do tema “Vigilância de populações expostas ao uso de agrotóxicos”. Em sua explanação, Elizabeth explicou o que antes de começar os trabalhos com a população, foi necessário escolher os municípios de acordo com a relevância do agravo. “Arapiraca e as cidades vizinhas são os que têm o maior número de casos de intoxicação por agrotóxicos, segundo informações do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação Nacional)”, afirmou.
O evento contou com a participação de representantes das seguintes instituições: Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (ADEAL), Associação dos Distribuidores e Revendedores de Agroquímicos de Alagoas (ADRAAL), Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Conselho Regional de Nutricionistas (CRN 6), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (FAEAL), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Alagoas (FETAG), Superintendência Federal de Agricultura de Alagoas (SFA/AL), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Alagoas (SEBRAE/AL), Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (SESAU), Sindicato do Setor Público Agrícola e Ambiental de Alagoas (SINDAGRO).