O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas (Crea-AL) iniciou, nesta quarta-feira, dia 5, com a participação do atual governador do Estado e candidato a reeleição, Renan Filho (MDB), a sabatina de apresentação das propostas dos candidatos ao governo de Alagoas. A sabatina contou com engenheiros do Estado, que cobraram cumprimento do piso salarial.
Logo de início, o presidente do Crea-AL, o engenheiro civil Fernando Dacal, destacou a importância da presença do candidato na Casa da Engenharia, tendo em vista ser um momento oportuno para debater e conhecer as propostas de governo.
“Hoje vamos praticar a democracia, ouvir, debater, para atender os anseios de nós engenheiros, mas principalmente os engenheiros que fazem parte do staff do governo do Estado que está em grande quantidade nesse auditório”, disse.
Diante de engenheiros, agrônomos, estudantes e a sociedade no geral, Renan Filho afirmou que entende que a agenda da engenharia é diretamente ligada as necessidades do desenvolvimento do Estado e, listou ações realizadas em seu governo, nesses últimos três anos e oito meses.
“Alagoas era um estado que, historicamente, não tinha dinheiro para nada, nem para pintar uma escola, e a saída mais simples para os governantes era pegar um avião e ir para Brasília solicitar recursos ao Governo Federal. Mas hoje em dia, todo mundo sabe que o Governo Federal não tem dinheiro, o Brasil, verdadeiramente quebrou, sobretudo com uma gestão que tem uma baixíssima responsabilidade social, não valoriza servidor público e tem uma forma de governar muito distante do povo brasileiro”, frisou.
Um dos questionamentos mais esperados da sabatina foi sobre o salário dos engenheiros do Estado, que há anos está defasado. De início, o candidato disse que o país está vivendo uma crise muito dura e os engenheiros de Alagoas, como também outras categorias de servidores públicos, eles têm tratamentos muito diferentes em órgãos.
“Por exemplo, o DER há muito tempo precisa de uma solução e hoje, há um problema que é um número considerável de aposentados e um aumento na ativa que tem que repercutir nos aposentados, e muita gente na ativa com idade para se aposentar. O quê que eu propus sempre, é que a gente tivesse uma transição para as aposentadorias para que a gente não tenha uma elevação salarial, uma aposentadoria em massa e o órgão acabe. Porque a defesa da permanência do órgão é importante, mas é importante também saber que a modernização ela vai se dar nesses órgãos também”, concluiu.
Responsabilidade fiscal que gerou mudança
Ainda segundo o candidato a reeleição, Alagoas tinha dois caminhos, ou permanecer da forma que vinha até aqui, sem organização fiscal, sem foco, gastando mais do que arrecadava, usando endividamento para financiar o custeio e fazendo muito pouco investimento.
“Despesa desnecessária, e isso significa, reduzir cargos em comissão, diminuir o tamanho da máquina pública, cortando secretarias. Nós revimos todos os contratos públicos, reduzimos preços de obra pública, em algumas áreas a redução foi bastante significativa e muito importante para que a gente tivesse condição de fazer investimentos, e avançamos também de maneira transparente”, afirmou Renan Filho.
Com responsabilidade fiscal, arrecadação fortalecida e a despesa mais controlada, criou para nós uma capacidade de investimento. E é essa capacidade de investimento que vem diferenciando o nosso governo. Só para dar um exemplo, nos últimos oito anos, no governo do Teotônio Vilela, de 2007 a 2014, Alagoas investiu em média 80 milhões de reais por ano, com próprios recursos. Nós, quando assumimos, no primeiro ano, um ano de ajuste, investimos 90 milhões, no segundo ano, 200 milhões, no terceiro ano investimos 400 milhões e esse ano presidente Dacal, nós vamos investir 680 milhões de reais com próprios recursos do estado de Alagoas”, declarou.
“Manter por um período longo, uma capacidade de investimento que tenha condição de transformar a realidade do Estado. A gente compra uma propriedade, se for uma casa pequena, não é fácil ajeitar em um ano, se for um sítio, a gente leva cinco ou seis anos, se for uma propriedade rural um pouco maior, aí coloque dez anos. Então vocês imaginem ajeitar um Estado, organizar um Estado, precisa ter tempo para continuar o investimento”, finalizou.
Ao fim do evento, Fernando Dacal entregou o documento Agenda 10: “Pensando Alagoas”, que elenca dez itens de incentivo ao desenvolvimento de Alagoas. Renan destacou que, se eleito, irá colocar em prática. “É um compromisso meu com a engenharia alagoana”.