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Debate sobre saneamento tem grande contribuição de técnicos alagoanos

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A falta de capacidade técnica na elaboração de projetos que incentivem a implantação do saneamento básico de qualidade, dificuldade enfrentada por muitas cidades brasileiras, como também soluções de sucesso foi um dos temas debatidos na 76ª Semana Oficial da Engenharia e Agronomia (Soea), na tarde da última terça-feira, 17, na sala 2 do espaço Girassóis.

O painel “Saneamento”, mediado pela jovem alagoana engenheira sanitarista e ambiental Liz Araújo, especialista do assunto, teve a missão de garantir aos congressistas informações relevantes, que explanam dificuldades e casos de sucesso em regiões brasileiras. A troca de experiência contou com a participação de três debatedores: o ex-presidente da Casal e eng. civil, Álvaro Menezes, o eng. civil João Evangelista e a eng. sanitarista Thaianna Cardoso.

O saneamento básico incorpora os serviços de água potável, esgotamento sanitário, coleta de lixo e drenagem urbana, amplamente associados a saúde pública. É visível a dificuldade de os gestores públicos conseguirem entregar esse serviço com qualidade para a sociedade.

Liz Araújo, que é uma liderança e a primeira presidente da recém-criada Associação dos Engenheiros Sanitaristas e Ambientais de Alagoas (Aesal), destacou a relevância do abastecimento de água, esgotamento sanitário e o manejo de resíduos sólidos, três temas básicos que deveriam ser no minimo cumpridos em qualquer cidade.

O experiente Álvaro Menezes, profissional bastante requisitado como palestrante nas últimas edições da Soea, debruçou-se no tema “Gestão, Planejamento e Regulação nos serviços de Saneamento Básico: Onde está a Engenharia?” Menezes pontuou a gestão e regulação do esgotamento e abastecimento sanitário.

A segunda abordagem ficou por conta de João Evangelista, que ministrou a apresentação “Aterro Sanitário de Palmas: Estudo de caso do primeiro aterro da região Norte com captação de biogás”. A explicação sobre o reaproveitamento energético, produzido pela degradação dos resíduos, foi um modelo que pode ser levado para outras regiões.

Por fim, a engenheira sanitarista Thaianna Cardoso falou sobre o “Diagnósticos do manejo dos resíduos dos resíduos sólidos urbanos”. Foi dado um panorama de como o Brasil se encontra na área de saneamento, coleta e a disposição final deles.

Os três temas envolvidos se complementaram de tal forma que garantiram um auditório cheio de participantes com bastante interação.

O presidente do Crea-AL, Fernando Dacal, enalteceu a participação dos profissionais alagoanos nas discussões da Soea.

“Nossos engenheiros estão de parabéns pela destacada contribuição neste debate. Liz é uma jovem de liderança que já carrega vasta experiência na área de saneamento da Superintendência Municipal de Desenvolvimento Sustentavel (Sudes) de Maceió. Conduziu o painel com muita propriedade e sensatez. Já Álvaro, diretor da Abes vem, ao longo de sua trajetória, contribuindo com grandes temas e serviços prestados para cidades do Norte/Nordeste”, disse.

Saneamento: essencial para a saúde pública

De acordo com Liz, no Brasil o saneamento básico, principalmente a parte do esgotamento sanitário está longe do ideal. Ela afirma que hoje, muitos municípios, responsáveis pela implantação deste trabalho, oferece uma pequena abrangência.

“São serviços complexos e ao mesmo tempo essenciais para garantir uma saúde de qualidade para a população. Um dos maiores desafios é fazer com que os gestores tenham seus técnicos e como distribuir os recursos inseridos neste fundamental serviço universal, muito importante para a saúde pública”, cobrou Liz.

No debate foi até sugerido pelos participantes para os Creas tentarem estudar a possibilidade de disponibilizar uma assessoria que faça eles entenderem a necessidade deste serviço.