O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar e há quem diga até que os alagoanos que “ensinaram” os paulistas a plantar cana. Se é fato ou não, ainda hoje, o Estado continua como importante centro de formação de mão de obra especializada e de conhecimento que ajudam na inovação e no aumento de produtividade dos canaviais brasileiros.
Alagoas perdeu volume no campo e na indústria, mas ainda assim, mantém sua área plantada de 295 mil hectares e produção de 17 milhões de toneladas de cana, a liderança de produção no Norte e Nordeste. Quando se fala em expertise no setor sucroenergético, Alagoas surge como uma das principais referências globais.
Um bom exemplo é o Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-açúcar. O PMGCA desenvolve novas variedades de cana a partir de cruzamentos realizados na Serra do Ouro, em Murici. O programa, que responde por mais da metade das variedades de cana plantadas no Brasil, é realizado por uma rede de universidades a partir da Federal de Alagoas (UFAL) e coordenado por um agrônomo que dispensa apresentações no setor: o doutor Geraldo Veríssimo. E foi ele quem tomou posse na terça-feira (22) na Academia Brasileira de Ciência Agronômica.
Para Geraldo, chegar a Academia é mais um título na carreira. Pela repercussão que vi no meio do setor, é na verdade um reconhecimento por toda a contribuição dele de dos demais pesquisadores que transformaram o PMGCA num dos mais bem sucedidos programas de pesquisa do mundo.
Quem é Geraldo Veríssimo
Graduado em Agronomia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, em 1976. Mestre em Agronomia/Estatística e Experimentação Agronômica, pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo, em 1986. Doutor em Agronomia/Produção Vegetal pela Universidade Federal do Paraná, em 2014. Professor Associado do Centro de Ciências Agrárias, da Universidade Federal de Alagoas.
Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em melhoramento genético da cana-de-açúcar.
Atua nos seguintes temas: melhoramento genético da cana-de-açúcar (conservação de germoplasma, hibridação, seleção de cultivares e manejo de cultivares), estatística e experimentação agronômica.
É coordenador das pesquisas de melhoramento genético da cana-de-açúcar do Centro de Ciências Agrárias, da Universidade Federal de Alagoas, numa parceria com dez Universidades Federais que formam a Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético – RIDESA (UFAL, UFRPE, UFV, UFSCar, UFPR, UFRRJ, UFG, UFS, UFMT e UFPI), e com empresas do setor canavieiro nacional, com destaque na gestão do banco de germoplasma de cana-de-açúcar da Serra do Ouro e na obtenção de cultivares RB (República do Brasil).
Fonte: Blog do Edivaldo Júnior