Convidados pela Comissão de Especial de Meio Ambiente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas (Crea-AL), representantes da Braskem estiveram no conselho na tarde desta última quinta-feira, 11, para apresentar detalhes das ações da mineradora em relação ao caso Pinheiro, e em especial sobre a atual situação da mina 18 e adjacentes.
Esta é mais uma da série de iniciativas do Crea-AL na atuação do caso, que até recentemente visitou a sede da Defesa Civil de Maceió, e também convocou engenheiros da Diagonal Engenharia, empresa responsável pelo plano de ações sociourbanísticas que visa diagnosticar e reparar os danos causados pelo afundamento do solo derivado da extração de sal-gema.
Neste novo encontro, a condução foi do gerente de Monitoramento e Prevenção da Braskem, Klinger Santos, que relatou que a mina 18 vem sendo preenchida naturalmente, sem intervenção humana, assim como outras cinco cavidades próximas do epicentro do colapso que ocorreu em dezembro. Também de acordo com ele, ainda há outras 13 minas escolhidas para serem preenchidas artificialmente com areia, a fim de evitar maiores riscos.
“Após os eventos envolvendo a mina 18, executamos um sonar que detectou uma diminuição da área de cavidade de 490 mil metros cúbicos para apenas 6 mil metros cúbicos, o que a deixa num patamar de mero remanescente, ou seja, sem qualquer energia suficiente para afetar a superfície”, explicou Klinger.
Também teve a palavra o coordenador de licenciamento e soluções ambientais da Braskem, eng. ambiental e sanitarista Willem Takiya, que elaborou sobre o plano de contingência ambiental, que conta com controle de poluição do solo, água, emissões atmosféricas, manejo de produtos químicos, entre outros.
Participaram também a presidente do Crea-AL, eng.ª civil Rosa Tenório; o superintendente, eng. eletricista Geison Alves; a coordenadora da comissão especial de meio ambiente do Crea-AL; eng.ª civil Daysy Lira; e o coordenador da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre, além de outros conselheiros do Crea-AL, técnicos da Defesa Civil, comitiva da Braskem e convidados, como o presidente do Clube de Engenharia de Alagoas (CEA) e ex-presidente do Crea-AL, eng. civil Aloísio Ferreira, o presidente da Sociedade dos Engenheiros Agrônomos de Alagoas (Seagra), eng. agrônomo Fragozo Neto, e a professora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), eng.ª civil Nélia Callado.
Segundo a presidente Rosa, a reunião serviu como forte base de conteúdo para os conselheiros que compõem a entidade e que também são importantes formadores de opinião. “Foi um momento muito rico e de suma importância para que nossos conselheiros estejam cientes das ações da Braskem, e a partir daí, terem o embasamento necessário para participar ativamente do debate público e agir com propriedade em defesa da sociedade”, disse.
Para a conselheira e coordenadora da comissão, Daysy, o diálogo foi muito bem recebido e cumpriu com seu objetivo, apesar de ter deixado algumas lacunas que deverão ser abordadas numa próxima oportunidade. “Foi um debate muito enriquecedor por termos a oportunidade de tirar algumas dúvidas sobre o processo de monitoramento das áreas afetadas. Ainda temos muito o que discutir, principalmente do plano sociourbanístico, mas seguimos de portas abertas para novos encontros”, concluiu Daysy.