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Aprovado por unanimidade projeto para doação de área para instalação da Embrapa em Alagoas

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Em duas votações consecutivas nas sessões ordinárias ocorridas nos dias 25 e 26, a Assembleia Legislativa de Alagoas aprovou, por unanimidade, o Projeto de Lei (PL) 425/2020 que autoriza o Estado a doar um terreno, em Maceió, para instalação de uma unidade de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Por iniciativa do Poder Executivo estadual, o PL consolida o trâmite final para que a posse de cerca de 16 hectares passe em definitivo para a estatal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Alagoas tem uma enorme vocação agrícola. Precisamos e seguiremos lutando por mais apoio para desenvolver nossas potencialidades, para garantir o fortalecimento do setor produtivo e, consequentemente, gerar mais emprego e renda para os alagoanos”, comenta a deputada Jó Pereira (MDB), ao falar sobre a relevância da matéria. “Ter uma unidade de pesquisa da Embrapa em nosso estado é de suma importância para as cadeias produtivas locais e para o desenvolvimento de nossa agricultura, agregando pesquisa e tecnologia para aumentarmos e diversificarmos a produtividade, com qualidade e consciência ambiental”, destacou a parlamentar que apoia a iniciativa do Governo desde o princípio.

A interlocução com os deputados estaduais tem sido extremamente importante para a vinda da Embrapa para Alagoas. Estes parlamentares atuam em importantes segmentos associados à produção de alimentos em Alagoas, e se preocupam com o fortalecimento das cadeias produtivas do agro, com o desenvolvimento dos diferentes territórios do estado, e com a agricultura familiar. Temos realmente encontrado, tanto no Executivo como no Legislativo, um apoio muito importante para a vinda da Embrapa para Alagoas”, ressaltou João Flávio Veloso, chefe-geral da Embrapa Alimentos e Territórios, após a aprovação do projeto de lei.

“É importante ressaltar que a votação por unanimidade mostrou que todos os deputados e deputadas estão muito cientes da importância desse investimento que o Poder Executivo decidiu apoiar. Era só o que estava faltando para que a Embrapa possa autorizar as primeiras execuções do projeto de requalificação das ruínas da antiga fábrica de tecidos, no povoado da Saúde, que fica cerca de 12 km do extremo norte da capital alagoana. Estamos numa região em que a gastronomia e o turismo estão em franca expansão. Assim, o local escolhido para abrigar as instalações da nossa nova Unidade foi a Comunidade Saúde, nas edificações da histórica fábrica de tecelagem, cujas construções datam do início dos anos de 1920”, diz Veloso.

Projeto Embrapa

João Flávio Veloso, que já esteve à frente de outros processos de implantação de unidades de pesquisas da Embrapa em outras regiões do país, afirma que os recursos oriundos da emenda da Bancada Federal alagoana e de outras futuras fontes serão utilizados de maneira eficiente e transparente. “Felizmente, para nós e para a sociedade de Alagoas, esses recursos da emenda da bancada federal já se encontravam previstos, antes mesmo de que o Brasil começasse a sentir os primeiros efeitos da pandemia do Covid-19”, explica.

As edificações serão erguidas ou reabilitadas para abrigar toda a infraestrutura do novo centro de pesquisas da estatal, inclusive laboratórios e outros equipamentos de suporte à pesquisa. O projeto prevê ainda acomodação de toda parte administrativa, salas de reunião, auditório e outros espaços de uso coletivo.

Veloso diz ainda que o Estado de Alagoas era um dos poucos estados brasileiros que não contava com a presença de um centro de pesquisas da Embrapa. Criada em 2018 e localizada em Maceió, a Embrapa Alimentos e Territórios irá contribuir para o desenvolvimento regional, criando estratégias de valorização de produtos agroalimentares, e estreitando a conexão destes produtos com os consumidores.

De fato, o estado de Alagoas possui turismo vibrante, que demanda grande quantidade de alimentos de qualidade, diversidade e tipicidade, e poderá ser muito beneficiado com a vinda da Embrapa para o estado, assim como diversas cadeias produtivas da agropecuária. Alagoas possui também uma agropecuária diversificada, com cadeias produtivas com elevado potencial como a da fruticultura, de lácteos, da horticultura, e que está estrategicamente localizado próximo aos centros consumidores de grandes cidades, de importantes regiões turísticas e também de portos para exportação”, diz João Flávio.

Execução

A diretoria da Embrapa, em Brasília, já designou equipe de engenharia do Setor de Infraestrutura Corporativa na sede da estatal, para acompanhar e dar apoio durante todo processo de execução das reformas e construções. Além dos laboratórios e outras estruturas para o trabalho mais técnico, as novas instalações devem agregar também um auditório com capacidade para 120 pessoas, salas para reuniões e espaços destinados às atividades de pesquisa e difusão de novas tecnologias.

A sede funcional da nova Embrapa será instalada a partir das construções da extinta fábrica de tecidos. “Do ponto estrutural, são edificações construídas de forma muito robusta, o que permitiu que elas tenham resistido a tantas intempéries e também ao decurso do tempo, sem qualquer tipo de manutenção. Neste sentido, muitas das edificações poderão ser reaproveitadas no projeto da futura Unidade”, detalhou Marcos Rafael, engenheiro civil gerente do Setor de Infraestrutura Corporativa da Embrapa Sede, em Brasília, que visitou a área recentemente.

As edificações serão erguidas ou reabilitadas para abrigar toda a infraestrutura da nova Unidade da estatal, inclusive laboratórios e outros equipamentos de suporte à pesquisa. O projeto de requalificação prevê ainda acomodação de toda parte administrativa, salas de reunião, auditório e outros espaços de uso coletivo.

Resgate arquitetônico e cultural

As ruínas da antiga Fábrica de Fiação e Tecidos Norte de Alagoas, que entrou em operação em 1924, e todo o seu entorno arquitetônico, incluindo a grande casa onde morou a família do empresário Francisco de Assis Rodrigues de Vasconcellos, caíram como uma luva para o projeto de implantação de um novo centro de pesquisas da Embrapa.

Revitalizar significa dar nova vida a um determinado local. Nesse sentido, eu vejo essa revitalização como essencial, não só para os novos ‘moradores’ que farão uso de toda aquela área, mas para a vida daquela comunidade como um todo. A história não pode ser esquecida e deve ser valorizada e mantida de alguma forma. E a arquitetura nos permite essa conversa com o passado. É a própria vivência do ser humano e daqueles que habitam o espaço. Estar na Embrapa, tendo a possibilidade de trabalhar nesse projeto é um privilégio”, comentou Beatriz Lorentz, arquiteta da Embrapa.

O caso dessa área em Alagoas me parece único, pelo resgate arquitetônico a ser feito. Sei que há edificações históricas em outras unidades da empresa, mas não me recordo de um projeto parecido. Com relação ao ambiente paisagístico, a área se mostra promissora por ser vasta e aberta, ou seja, nos permite ‘ficar à vontade’ para planejar os espaços da melhor forma possível”, acrescenta Lorentz.

FONTE: www.embrapa.br