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Com apoio do Crea-AL, engenheiros servidores do estado conquistam reajuste salarial

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Uma luta histórica dos profissionais de engenharia do Estado, que durou 8 anos de reivindicações, enfim teve um desfecho vitorioso. Os engenheiros e agrônomos que compõem o quadro do Governo de Alagoas foram beneficiados com a reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) que beneficia, ao todo, mais de 16 mil servidores em Alagoas. Publicado no Diário Oficial no dia 29 de março, o plano já está vigente e contempla cerca de 90% do funcionalismo público alagoano.

Trata-se de uma grande conquista para esta categoria que possui longo histórico no assunto. As reivindicações começaram em 2014, encabeçadas inicialmente por engenheiros do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) que já sentiam a necessidade por uma maior valorização profissional.

O engenheiro civil Ronaldo Almeida é servidor do DER e participou de várias tratativas ao longo dos anos. “Em 2014 já havia um certo movimento em função dessa atualização dos valores, que vinham sido achatados pela inflação desde 2003. Buscamos várias iniciativas administrativas através do sindicato, tivemos várias conversas, mas nada se concretizou. Essa reestruturação agora é muito bem-vinda porque, embora ainda não seja o ideal, dá sentido ao que tanto lutamos e acende uma luz no fim desse túnel”, afirmou.

Já o engenheiro agrônomo José Fragozo, que é conselheiro do Crea-AL, também é coordenador da comissão de servidores públicos das áreas tecnológicas que assumiram a luta junto às autoridades. De acordo com ele, os quase 100% de reajuste só foram possíveis graças a essa incansável luta de longa data. “Este aumento nos atingiu de maneira quase exclusiva, contemplando uma categoria que por muitos anos foi prejudicada. Agora obtivemos uma vitória importante e que nos traz patamares salariais muito significativos”, disse.

A conquista foi comemorada presencialmente na 763ª Reunião Plenária que ocorreu na última segunda-feira (9) no auditório do Conselho. A comissão formada concedeu uma placa de homenagem à presidente do Crea-AL, eng.ª civil Rosa Tenório, reconhecendo seus relevantes serviços prestados pela valorização profissional das categorias.

Na oportunidade, Rosa externou sua satisfação pela homenagem, mas fez questão de dividi-la em igualdade com os colegas profissionais. “É uma luta de muitos anos que Deus só concretizou agora, e por isso me sinto apenas um instrumento, pois todas as honras devem ser voltadas a vocês que nunca desistiram. Em nome do Crea-AL, essa placa eu divido com cada um de vocês que arduamente lutaram e alcançaram esta conquista. Estamos todos de parabéns”, disse emocionada.

Articulação no Legislativo

Em fevereiro, o Crea-AL já havia mobilizado a comissão e representantes das entidades de classe para uma visita à Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), num construtivo encontro com o presidente da Frente Parlamente de Engenharia, deputado estadual Inácio Loiola, e com o – na época – presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), ex-deputado estadual e atual governador Paulo Dantas.

Além do importante estreitamento institucional entre as entidades, a agenda também teve como objetivo a discussão desta demanda salarial da categoria ao Legislativo, cujo projeto de lei ainda estava para ser encaminhada pelo Executivo à casa.

Saiba de mais detalhes sobre a visita clicando aqui.

A luta continua

Apesar da satisfação pela recente conquista das categorias, ainda existem um longo caminho a ser percorrido. Inicialmente, a meta cobiçada era referente a implantação do piso profissional equivalente a oito salários mínimos e meio, proposta que foi seguidamente declinada por dificuldades financeiras da parte do estado. O alento foi a implantação do piso referente à jornada de 30 horas semanais, visto como mais um ganho expressivo pelos profissionais da comissão.

De acordo com Fragozo, outro ponto a ser observado é sobre a exclusão dos servidores do Instituto do Meio Ambiente (IMA) e do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral). “Estranhamente, foram excluídos cerca de 29 engenheiros e arquitetos que compõem os quadros desses órgãos. Vamos continuar nessa batalha para que essa situação possa ser revertida e eles possam também ser contemplados com a reestruturação”, finalizou.